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Dilma decide ir ao Senado se defender contra o impeachment

  • Fonte: www.valor.com.br
  • 17 de ago. de 2016
  • 2 min de leitura

BRASÍLIA - A presidente afastada Dilma Rousseff decidiu comparecer ao julgamento final do processo de impeachment no Senado. O julgamento começa na próxima quinta-feira (25), e pode se estender por até quatro dias, conforme previsão do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL). De acordo com a assessoria da presidente afastada, “é um momento importante demais” para que Dilma cogite não se defender pessoalmente perante os senadores. Dilma tinha a prerrogativa de comparecer nas fases anteriores ao Senado, mas ela dizia a interlocutores que preferia aguardar o momento em que o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, assumisse a presidência do processo, o que ocorreu na etapa da pronúncia.

Desta forma, Dilma poderá responder a eventuais questionamentos que lhe forem formulados pelo presidente do Supremo, pelos senadores, pela acusação ou pela defesa. Lewandowski comandará o julgamento no plenário do Senado e regulará o tempo das perguntas e respostas.

Ontem Dilma divulgou uma “mensagem” aberta ao povo brasileiro e aos senadores, em que reconhece erros, reafirma que não cometeu crime de responsabilidade e propõe um plebiscito sobre novas eleições e reforma política.

Dilma e seus aliados ainda têm esperança de que o documento divulgado ontem pode vir a convencer pelo menos seis senadores que ela merece ser reconduzida à Presidência da República. Dilma acha que tem 22 votos. Além dos 21 contra a pronúncia, ela ainda contabiliza o voto do líder do PDT, senador Acir Gurgacz (RO), que, no entanto, se manifestou favoravelmente à continuidade do processo.

Além disso, ela aposta na abstenção do presidente da Casa. Se Renan votar favoravelmente ao impeachment, como querem aliados do presidente interino Michel Temer, Dilma precisa alcançar 28 votos.

Ontem, contudo, o STF abriu um inquérito para investigar a conduta de Dilma, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e dos ex-ministros Aloizio Mercadante (Educação) e José Eduardo Cardozo (Justiça) em suposta tentativa de obstrução da justiça. A abertura da investigação foi um revés que não estava contabilizado na estratégia de defesa da petista nesta fase final do impeachment.Este trecho é parte de conteúdo que pode ser compartilhado utilizando o link http://www.valor.com.br/politica/4675755/dilma-decide-ir-ao-senado-se-defender-contra-o-impeachment ou as ferramentas oferecidas na página. Textos, fotos, artes e vídeos do Valor estão protegidos pela legislação brasileira sobre direito autoral. Não reproduza o conteúdo do jornal em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização do Valor (falecom@valor.com.br). Essas regras têm como objetivo proteger o investimento que o Valor faz na qualidade de seu jornalismo.


 
 
 

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